01/02/10

A conduta do árbitro

Nos últimos anos, o andebol foi das modalidades que mais cresceu em Portugal, sendo na minha perspectiva, aquela que maior margem, ainda tem para evoluir, isto se, todas as restantes entidades envolvidas, também evoluírem.
Tais evoluções, podem permitir, que este fantástico desporto, possa adquirir um tratamento científico, exigindo, consequentemente, uma actuação mais activa de profissionais cada vez mais qualificados, que possam actuar em todas estas áreas, na obtenção de melhores resultados.
Diversas pessoas envolvem-se cada vez mais, no quotidiano do andebol, desde atletas, treinadores, preparadores físicos, fisioterapeutas, médicos, dirigentes, todos, ou quase todos, comungam da mesma paixão pela modalidade.
As competições e os jogos são cada vez mais equilibrados, neste contexto, o árbitro assume um papel decisivo, sendo ele, o mediador dos “confrontos” entre os clubes nos diversos campeonatos.
No desempenho de suas funções, o árbitro deverá sempre proceder com imparcialidade, independência, competência e discrição.
É extremamente importante, proteger a integridade do árbitro, quer dentro, como fora da superfície de jogo. Embora, o árbitro esteja consciente das suas responsabilidades, deverá estar igualmente preparado, para manter o respeito entre os outros intervenientes no jogo e sobretudo fora dele! Isto implica, nunca expressar a sua opinião, sobre jogadores e clubes, tendo consciência, que a sua imagem, está sujeita ao julgamento dos outros.
Assim sendo, a regra essencial que o árbitro deve ter, quando escolher envergar por tal actividade, é ter a plena noção, que terá capacidade para cumprir sua tarefa com total imparcialidade, pois nisto, reside a seriedade e a confiança dos restantes protagonistas do jogo.
O árbitro, deve sempre tomar decisões justas e correctas de acordo com as leis do jogo. Nesta mesma perspectiva, deve possuir um perfeito conhecimento destas, além de ser importante, que possa dedicar à arbitragem, algum tempo por semana, para o desenvolvimento de sua condição física e técnica.
Esta sintonia dentro do jogo, implica a interpretação uniforme das regras é determinante para uma arbitragem eficaz. Contudo, a consistência de um árbitro em vários jogos ao longo da época, é igualmente importante. Um bom árbitro, aplica as regras correctamente jogo após jogo e não apenas quando é alvo de pressões, ou quando sente que está a ser observado.
Muitos áritros são inconsistentes, porque não conseguem aplicar correctamente as leis de jogo, por falta de interpretação destas, tal como outros, não têm o posicionamento correcto na superfície de jogo. Contudo, isto também é fruto da precária formação, dada nos cursos, onde a falta de aulas práticas é uma grande evidência.
Outro requisito para alcançar um alto nível de consistência, implica ter uma forte capacidade mental e emocional. A arbitragem consistente, requer um estado mental estável. Oscilações no desempenho encontram-se frequentemente relacionadas com questões de foro psicológico.
Para finalizar, apesar de a arbitragem implicar cuidados éticos, conhecimentos técnicos e uma óptima condição física, ser árbitro… ou melhor, ser um bom arbitro, é definitivamente uma arte.
E a arte evidenciada por um árbitro no ambiente da competição depende, em grande medida, das suas qualidades pessoais.

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